Ler é uma dádiva que poucos cultivam. Muitos admiram quem consegue manter este hábito, outros não entendem o que vemos nisso. O fato é que ler abre a mente, torna as pessoas mais comunicativas, faz com que se expressem melhor e auxiliam na memória, além de ampliar a imaginação.
Eu sou uma dessas pessoas viciadas por leitura, onde não consigo passar um dia sequer sem ler. É algo que me faz bem, me relaxa e faz com que meus pensamentos flutuem para um outro plano, me fazendo esquecer - mesmo que momentaneamente - dos meus problemas e exaustão dos dias longos e cansativos.
Alguns meses atrás li a trilogia "50 tons" e, depois de muito recusar fazer isso, acabei cedendo e gostando da leitura. Ela é exatamente o que dizem, gostosa e prazerosa de ler. Faz com que a gente se envolva no contexto e se sinta excitado com os momentos mais quentes. Por causa disso, ganhei o livro Juliette Society da escritora (pasmem, e atriz pornô) Sasha Grey. Onde prometia ser uma leitura muito parecida e, conforme a Independent, ela está "destinada a ser a próxima EL James", autora de 50 tons.
Mas, sinceramente, não vi nada disso. Admito que esperei demais do livro por causa desse comentário e me decepcionei bastante. Mesmo assim, decidi trazer a resenha dele, pois acho fundamental ter todo tipo de crítica para que outras pessoas possam ler e ponderar se vale à pena pegar o livro.
Sinopse: Catherine, uma estudante de cinema encantadora cuja sexualidade foi recentemente despertada, é apresentada a um clube secreto onde as pessoas mais poderosas do mundo se encontram para explorar suas fantasias sexuais mais profundas e obscuras. Contudo, apesar de estar experiências colocarem Catherine diante de novos e intensos prazeres, eles também põem em risco tudo o que ela tem de mais precioso. Em seu romance de estreia, Sasha Grey leva o leitor a uma sociedade sexual privada e sofisticada, onde tudo pode acontecer.
"Antes de irmos adiante, vamos combinar uma coisa. Eu quero que você faça três coisas por mim.
Um.
Não se ofenda com nada que ler a partir deste ponto.
Dois.
Deixe suas inibições à porta.
Três, e mais importante.
Tudo que você vir e ouvir a partir de agora deve ficar só entre nós."
Algo muito bom neste livro é a forma como a autora conta as cenas e como apresenta os personagens e suas histórias. Achei um livro bem construtivo em termos de contexto. No geral, ele é bem elaborado e nos mostra um lado bem filosófico das coisas. Nos envolvendo nas palavras, formas de pensar e visões sobre o que está sendo retratado na história.
Porém, fiquei bastante triste pois percebi muita enrolação. Mesmo que tenha sido de uma forma bem explicativa, senti que tinha muita "encheção de linguiça" do início ao fim. Além de que, misturava um pouco da realidade com os sonhos da personagem principal, nos fazendo prestar mais atenção na leitura para entender o contexto. Em vários momentos eu fiquei meio perdida, sem entender muito bem o que estava acontecendo e só fui me encontrar novamente depois de alguns parágrafos seguintes.
Mas, o que me decepcionou mesmo, o que me fez não gostar da leitura é que ele não chega nem aos pés da trilogia 50 tons. Pode até ter momentos excitantes, mas diferente de 50 tons que é bem sofisticado, o linguajar é mais chulo, bem sujo mesmo, de baixo calão. Isso não me motivou em nada, tampouco mexeu comigo como na trilogia de EL James, que me fez ficar com as emoções a flor da pele.
Outro fator é que, no final, quando pensei que iria engrenar e a história ficaria emocionante, engatou na primeira, depois a segunda e, de repente, engasgou e morreu. O desfecho não me satisfez em nada, pois o destino de alguns personagens ficou no ar. Como também, teve um fim muito provável e monótono.
Pela primeira vez, este não é um livro que eu aconselharia. Embora tenha seus altos e baixos - que foram raros - ele não é um livro envolvente em nenhum sentido, muito menos excitante. Mas fica por sua conta e risco decidir se lê ou não.
- 5/26/2017 06:03:00 AM
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