Todos que me conhecem a algum tempo, já sabem que eu sou apaixonada por leitura. Não fico um dia sem ler. É uma necessidade quase que fisiológica para mim, ou como se fosse. Se não leio no dia, nasce o sentimento de que algo está faltando. Portanto, sempre estou lendo um livro novo.
E alguns meses atrás, eu li a trilogia dos 50 tons (leia a resenha aqui). Nunca que eu iria pensar que essa história, algum dia, me interessaria e mais, que faria com que eu me apaixonasse pela leitura. E foi por este motivo que quis ler Grey. Que nada mais é do que a versão dele de tudo entre o casal.
Como eu havia resenhado a trilogia e recentemente terminei este, resolvi compartilhar, mais uma vez, com vocês o que achei do livro. E, como eu havia adorado a versão dela, supus - e criei muitas expectativas sobre - que este seria tão maravilhoso quanto. Agora, vamos saber se ele atingiu essas grandes expectativas ou não?
Sinopse: Christian Grey é um empresário atraente e bem-sucedido, dono de uma basta fortuna e de um estilo de vida sofisticado. Com menos de trinta anos comanda um negócio multinacional e, além de lindo, é extremamente controlador. Anastasia Steele é uma estudante de literatura tímida e reservada, de beleza discreta e espírito independente. Aos vinte e um anos, trabalha numa loja de material de construção e nunca teve um namorado. Anastasia e Christian não têm nada em comum. Ainda assim, logo que se conhecem sentem uma irresistível atração pelo outro. A despeito de sua enigmática reserva, Christian se encanta por Ana e se surpreende ao ter que lidar com sentimentos que lhe são desconhecidos. Ninguém sabe que, por trás da fachada de sucesso - os negócios, a fortuna, a família -, ele é atormentado por pesadelos e esconde um passado angustiante. De todas as pessoas que já estiveram em sua vida, só Ana parece ser capaz de ultrapassar as barreiras que ele impõe aos relacionamentos.
( SEM SPOILER )
O livro não foi nenhuma surpresa para mim, pois como conta a visão do personagem sobre os acontecimentos, é basicamente a mesma coisa que os 50 tons. Mas é bem curioso conhecer os pensamentos que Grey tem sobre a Ana. Poder ver o outro lado da história, saber como ela afeta ele, o fato dele não conhecer muito bem seus sentimentos é surpreendente.
Da mesma forma que podemos ver o amadurecimento do personagem nos livros anteriores, este está mais evidente, principalmente no quesito sentimentos. Algo que me chamou bastante atenção é que em 50 tons a personagem Ana, sob os olhos dela, é meio sem sal, inocente demais e até meio tapada. Mas quando lemos Grey, podemos perceber que não é bem assim. Que ela tem certa doçura, sensualidade e inteligência que ele pode ver nitidamente, e ela não.
O livro Grey não foge nada da característica dos anteriores, com seus momentos excitantes, engraçados e um pouco emocionantes, transmite um misto de sentimentos e, em alguns trechos, chega a nos chocar com os fatos. E sobre os momentos excitantes, achei bem mais leve que os outros, talvez porque eu já conhecia a história, mas não li nada que me deixasse realmente excitada, somente um pouco empolgada.
Embora tenha sido um livro que demorei pouco mais de um mês para ler, eu achei a leitura bem leve, independente do gênero, e atraente, me prendendo bastante na história novamente. E esse é um aspecto bem raro de se ver, pois quando lemos a mesma história, mesmo que sob uma visão diferente, a leitura fica monótona por não ter nenhuma novidade sobre os acontecimentos.
Só fiquei um pouco chateada com o final, pois ele deu aquele gostinho de quero mais, não pareceu um fim. Como não sei se a autora irá fazer a trilogia toda com o ponto de vista dele, acho que aquele final deixou a desejar. Porém, não vejo outra forma de terminá-lo se não houver continuidade. Também não vejo necessidade de continuação, pois aí sim seria uma leitura bem maçante e que não atrairia muita atenção.
O que mais gostei neste livro foi a forma como a autora inseriu sonhos e lembranças do passado do personagem. Foi o que, justamente, deu um up na leitura, ainda mais para quem já conhece a história. O fato de saber algumas coisas do seu passado, o que ele passou, os motivos por ter ficado daquele jeito, responde muita dúvida e preenche algumas lacunas que haviam permanecido dos livros anteriores.
Portanto, é um livro que eu leria novamente, com certeza. Talvez, mudaria a ordem da leitura, colocando Grey no lugar de 50 tons de cinza, o primeiro, e leria a sequência normalmente. E vocês, já leram o livro? O que acharam? Comentem.
- 8/11/2017 06:24:00 AM
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